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CINEMATECA

Em 1935, decepcionado com os produtores de Hollywood, após uma rodada de negociações, em Nova York, para a adaptação de um de seus livros – provavelmente Maria Antonieta, que seria filmado dois anos mais tarde – Stefan Zweig decidiu se afastar para sempre do cinema. [vide citação ao lado]

Apesar da solene promessa, o escritor logo voltaria a se envolver em aventuras cinematográficas, trabalhando em adaptações de suas obras (como Segredo ardente), em novas sinopses (como Manon Lescaut) e em documentários, entre os quais um sobre a vida do jornalista austríaco Theodor Herzl, fundador do Sionismo moderno.

Zweig escreveu vários roteiros originais. Entre seus projetos, um filme de ficção inspirado em um escândalo da Bolsa de Valores, durante a construção do Canal do Panamá. Pouco antes de sua segunda viagem ao Brasil, em 9 de agosto de 1940, assinou contrato com seu amigo Berthold Viertel para compartilhar os direitos autorais de um filme baseado em seu romance inacabado História da Moça dos Correios. Uma década depois, o projeto viria a se concretizar no filme Das Gestohlene Jahr (O Ano Roubado), co-produção germano-austríaca, dirigida por Wilfrid Frass, com Elisabeth Höberth e Oskar Werner nos papéis principais. A história foi publicada postumamente como Êxtase da Transformação (Rausch der Verwandlung). Em novembro de 1940, em Buenos Aires, assinou contrato com Erwin Wallfisch para a adaptação de duas obras, entre as quais O Cordeiro do Pobre.

No Brasil, entre agosto de 1941 e fevereiro de 1942, pouco antes de seu suicídio, envolveu-se, juntamente com Afonso Arinos de Mello Franco e Paulo Frischauer, em um roteiro sobre a história da Marquesa de Santos.

Stefan Zweig acabou se tornando um dos autores mais transpostos para as telas de cinema e de TV. Mais de 20 de seus livros ou contos, alguns em múltiplas versões, viraram filmes. O que não surpreende: suas descrições são geralmente muito ricas em imagens, e a maioria de suas tramas parecem ter sido feitas especialmente para o cinema. Em sua autobiografia, o autor chegou a dizer “... o tempo fornece as imagens, eu apenas acrescento as palavras”.
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Provavelmente foi a última vez que eu vi a América, não quero ter mais nada a ver com o cinema, com todas essas impurezas do dinheiro, depois do jornalismo, isso também precisa acabar definitivamente...

SZ, Diários, quarta-feira, 30 de janeiro de 1935